18 de jan. de 2017

Pode ligar, mas eu não tô esperando


Tá chovendo e tocando uma música ruim, que eu não gosto muito da intérprete e me incomoda ficar horas deitada olhando as linhas do tempo das redes sociais.
Não tem nada pra fazer aqui. Tô morrendo de saudades.
Fico em paz quando tô com o meu violão, assistindo minha série ou falando com as meninas, mas, ainda assim, a tua ausência é sentida demais.
Por que tu foi e me levou contigo ein? E o pior, sem ter levado?
Mas tudo bem, eu entendo. Eu aceito.
Acho que tudo que já vivi foi só produto da minha mente endoidada. Acho que de brilhante não tem muito, ou se tem é demais, porque cega quem chega perto.
Porque no fim você só tem você, e eu não sinto mais vontade de acreditar nas histórias de amor.
Não quando as coisas parecem simplesmente fazer sentido nenhum, e tudo bem se o problema for eu. Talvez apenas não seja pra ser. Nunca.
Eu não consigo mais ser quem eu era.
E agora tá tocando uma música triste, de uma cantora que eu gosto, e eu tô morrendo de saudades tuas.
O pior é que nem dói. Porque eu me conformei que tô aqui pra isso, sentir saudades de uma realidade que talvez só exista em uma linha do tempo onde o Barry tenha apagado.
Talvez nem lá.
E tudo bem.
Não queria que a vida fosse feita de conformismos.
Odeio ter que me conformar.
Mas se não isso, o que me resta?
Ficar vivendo um amor falido?
Criando esperanças em cima de histórias que foram contadas?
Como pessoa que escreve, como quem está do lado de cá da história, sei bem como as histórias podem ser só histórias.
E Deus me livre ser uma daquelas que vive esperando.
Então eu deixo ir.
Mas ainda tô morrendo de saudades.
Me liga se puder, se quiser.
Mas eu não tô mais esperando.



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