31 de dez. de 2016

2016 foi piada sem graça que fez a gente rir (e chorar)



2016 foi o calo que o sapato novo e apertado fez. Foi àquela crise no meio da rua. De riso ou de ansiedade.

2016 foi a tomada de fôlego depois de uma corrida, de um susto ou de um mergulho. Foi tapa na cara.

2016 foi rasteira bem dada, foi livro de crônicas, foi rodas de violão.

2016 foi remédio pra dor e café pra esquentar.

2016 foi amor, foi se apaixonar, se decepcionar.

2016 foi crescer dolorosamente e aí diminuir tal como Alice, um segundo antes de descobrir um país de maravilhas.

Foi desastre, foi catástrofe, foi luto. Foi lágrimas e energias ruins acumulados e sufocantes.

Foi abraço de acalento, foi beijo roubado, foi estreia no cinema.

2016 foi pesadelo e sonho bom.

2016 foi cabelo cacheado e cortado no ombro, foi delineador e batom escuro.

Foi viagem cansativa e estadia boa.

Foi conhecimento.

Foi estrangeiro no país, foi estranho no próprio corpo, foi luta.

2016 foi resistência.

Coragem.

Perseverança.

Fidelidade.

E para encerrar essa bagunça, escolhi essa foto parecida com muitas das que tive, uma das milhões que Camilarte tirou de mim, ainda com o cabelo comprido, com a mesma jaqueta de sempre, com tênis chamativo:

e desejo para 2017 essa foto:

façam como eu, ali, e andem pra frente. Essa é a direção. O que passou que fique pra dentro, e de resto, segue teu caminho.

Eu tô seguindo o meu.

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