5 de fev. de 2018

Com amor, Caloura: vamos começar nessa jornada juntxs?

E aí, galerinha, tudo bem com vocês?

Hoje meu papo é especialmente com os vestibulandos ou pré-vestibulandos que por acaso venham a estar acompanhando esta coluna.

Estou escrevendo esta espécie de carta no domingo anterior à postagem, que acontece na segunda dia 05/02, enquanto estou me organizando para juntar uma grana, como forma de tornar alguns dos meus sonhos/objetivos em planos, realidades. Desde antes de ingressar no ensino médio, eu já sabia o curso e a universidade que eu queria ir após me formar em técnica em informática (inclusive, formei, mores, amém Deus) e exatamente por isso, sempre nos planejávamos em casa para eu concluir isso. Eu, minha mãe, o resto da minha família, minha irmã mais nova, sempre encarávamos isso como um destino certo, concreto. Mas foi preciso trabalho.

Ao longo do ensino médio, em alguns momentos questionei minha vontade e minha capacidade. Questionei a mim mesma se a minha aparente certeza não era apenas medo de me arriscar em outras áreas, em ter outros quereres. A resposta? Não sei. Não acredito agora que minha escolha tenha sido uma zona de conforto, mas uma decisão, até agora, acertada.

Então, é isto, decidi: quero cursar Letras - Língua Portuguesa e Literaturas na Universidade Federal de Santa Catarina. A partir daí, comecei a pensar em ir embora, em começar a estudar, em planejar meu psicológico para o ano de 2017, ano em que eu cursaria o vestibular da UFSC (um dos difíceis pela sua estrutura), o ENEM, estudaria para o vestibular, faria meu TCC e finalizaria minha grandiosa experiência no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense - Campus Avançado Sombrio.

Meus objetivos estava muito bem traçados, eu em janeiro já tinha começado o planejamento de estudos, no ano anterior (2016) escolhido o cursinho que estudaria e no dia 06 de fevereiro de 2017, eu iniciei meus estudos preparatórios para me tornar, no ano seguinte, caloura de Letras.

Quando as aulas começaram, eu me mantive focada e firme no que tinha planejado. A primeira reviravolta foi quando me inscrevi (e passei) para ser monitora de Língua Portuguesa na minha escola. Mas ainda não fugiu muito do caminho que eu tinha traçado. Até mais ou menos a metade do ano, eu não pensava em nada além. Mas a vida é uma caixinha de surpresas e que bom que é. Em junho, Harry Styles, um artista britânico no qual eu sou apaixonada desde 2012, quando ainda era integrante da banda One Direction, também britânica, anunciou datas de shows no Brasil. Não me recordo se exatamente essa foi a a primeira reviravolta nos meus planos, mas foi uma importante. Era um sonho a mais, prestes a se tornar realidade. Agarrei-me a ele.

Depois, mais ou menos na mesma época, recebi o convite para participar de uma chapa para concorrer ao Grêmio Estudantil da minha escola, para ir a um Encontro Estudantil, e quase, quase recusei ambos os convites. Pensei que estaria me desviando do que queria para mim mesma.

Eu estava errada, ainda bem. Militar como integrante do Grêmio Estudantil, no cargo de Diretora de Comunicação e conhecer ainda mais pessoas do Movimento Estudantil me salvou da confusão que eu estava mergulhando. Do medo do novo, do desconhecido, do profundo. E, com o apoio incondicional dos meus amigos, dentro e fora do ME, eu mergulhei de olhos bem abertos e sem colocar a mão no nariz como sempre fiz.

Estudei o que pude. Fui em passeios, entrei em uma banda (obrigada, Aresta), defendi meu TCC com êxito (obrigada, Kass), participei de momentos que só o ME me proporcionou e no final do ano, realizei o ENEM.

Não fiquei satisfeita no momento dos meus resultados preliminares. Achei que tinha estragado tudo e que nunca ia conseguir.

No mês seguinte, realizei o vestibular da UFSC, um vestibular que consta com questões somatórias, abertas e discursivas e quase entrei em pânico em uns dois dias dos três de vestibular. Novamente, não acreditei na minha preparação, resiliência e inteligência. Se eu não conseguisse agora, o que ia fazer?

Preparei novamente minha mente, busquei resultados e vi que o que estava feito, estava, e que ninguém sabia também o que esperar do futuro.

Que ano foi 2017, meus amores. Que ano.

No dia 09 de janeiro de 2018, saiu a classificação do vestibular: eu fui aprovada em 3º lugar no curso que sempre quis. Não acreditei porque era surreal demais. Mas agora, escrevendo sobre a minha preparação durante o ano que passou e antes, percebi que estava tudo muito claro e que aquilo não era nada surreal: era extremamente REAL e MEU. Minha realidade.

Tive tanto auxílio, apoio, crença em mim, tantos momentos de distração para não enlouquecer e no fim, nem tudo correu como o planejado, e que bom. Talvez o ano que eu tinha mentalizado não tivesse sido tão engrandecedor e tão incrível.

E por isso, hoje, Caloura, escrevo essa coluna, para que você, assim como eu, consiga se reconhecer e se aceitar e se ajudar e transformar seus sonhos em realidade. Talvez isso não aconteça logo que você saia do terceiro ano. Talvez, daqui a 10 anos. E o que podemos fazer agora é o máximo para que cumpramos nossos planos.


Estou aqui para ajudar no que puder. Não esquece de respirar,

Com amor, Caloura.

Todas as segundas, no Contando Estrelas.


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