Acho que de todas as coisas que me encantaram em você, a certeza foi
a determinante para que eu dissesse: sim, é você, eu te encontrei.
Mais do que isso: eu me encontrei.
Quando eu te vi, nas circunstâncias mais triviais do mundo,
enxerguei a segurança que nunca antes tinha experimentado: a
certeza, a verdade e a paz.
Antes de você eu era eu. Não acho que sejas a minha metade ou algo
do tipo, pelo contrário, sempre fui pessoa inteira demais para me
contentar com o meio. Mas é que com toda efemeridade emitida e
vivenciada pelo ser humano, sempre acreditei que existe sim, uma
pessoa destinada, mas não pra vida, pro momento.
Portanto, sempre segui essa linha de pessoas. Nunca acreditei de
verdade que pudéssemos ser totalmente de alguém, mas ao te
conhecer, vi que eu estava certa, mas nunca tive tanta dúvida em
relação às minhas concepções antes. Mesmo sendo um poço de
dúvidas, toda a tua constância me deixou boba e bamba. E confusa.
Enxerguei em ti a sensação que tenho com o café: sempre doce,
quente e com um gosto forte. Mas com o leite para amenizar. Com
poucas diferenças, o café sempre foi o mesmo. Vi em ti a segurança
de um lar, de um abraço de mãe, o descanso que a gente encontra na
música e na nossa cama quentinha. O conforto de um banho quente e de
umas palavras bem ditas.
Enquanto eu fui tempestade, você foi arco-íris. E quando fui sol
escaldante, fostes água do mar. Refrescante.
Tua intensidade, tua crença no amor eterno e teu afinco em lutar
pela tua pessoa me fizeram perceber, que mesmo que a vida seja feita
de momentos, e que sejamos mais que o que fomos ou seremos, mas
exatamente o que somos agora, eu também queria um lar. E agora ao me
encontrar em ti, fui inspirada a lutar pelo que mais que me tirou o
fôlego, me devolveu o alento.
Quem dera eu ser tu, para ti, também.
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