Boa noite, Contadores de Estrelas! Há quanto tempo eu não me dirijo assim à vocês, ein? Pois bem, esse texto é bem especial pra mim e eu vou dizer o porquê: ele faz parte do meu projeto de Contos e Crônicas que venho escrevendo, e na verdade eu o escrevi de uma maneira diferente da que está sendo postada. São dois textos, o Carta Pra Ela e o Carta Pra Ele, e vocês podem lê-los separadamente, pela identificação diferente (Pra Ela normal e Pra Ele em itálico), assim como foi escrito, mas quis dar uma versão diferente dessas cartas lindas de bunitinhas.
É no estilo da música Eu Me Lembro que eu amo de paixão (Helô <3) então eu queria dedicar esse texto pra minha Helô, especialmente porque eu tô morrendo de saudades.
Espero que gostem, e posteriormente posso postá-los separadamente. Aproveitem!
Beijos quentinhos sabor café (o meu com leite, pufavô!)
Sabe, era um dia chuvoso. Chove quase o ano todo nessa
cidade, mas naquele eu vi uma menininha correndo na chuva, justamente pra não
se molhar. Aí eu ri sozinho, deixando meus amigos com cara de tacho e eu com
cara de louco. Eu devia tá meio louco mesmo.
Mas tudo bem, né? Eu não tava correndo na chuva.
Pois então, meu bem, se eu não rir eu choro, e de chorar eu
já cansei.
Aí num outro dia te vi rindo tão alto que eu não sei como
não fiquei surdo. Aí procurei o som escandaloso e te vi cobrindo a boca, mas
com a risada ainda presente no olhar travesso.
Juro que quis rir junto. Quis sorrir junto em cada vez que
cê passou por mim sem nem me perceber – por que perceberia, afinal? – com o
sorriso de orelha a orelha.
Te vi me vendo mais umas vezes, mas sem me enxergar. Só
olhou. Mas não viu direito.
Mas cê não sorriu pra mim, nem olhava direito no meu olho,
nem me dava chance de dar um mísero oi.
Mas por que veria, não é? Se eu não fosse eu mesma duvido
que prestasse atenção em mais do que toda essa minha atitude escandalosa. Não é
pra chamar atenção, mas eu sou assim toda expansiva.
Eu precisei de muita força de vontade pra não te oferecer
um café cada vez que te via indo comprar um. Sorte da minha timidez e bom senso
que me impediram de passar por ridículo e maluco.
Sabe, por trás de toda autoconfiança existe um desespero
imenso.
Coisa que cê nunca teve, né, menina? Nem timidez nem medo
de passar por ridícula. Me passa um pouco dessa tua autoconfiança pra gente
poder conversar um pouco enquanto toma um café – o seu preto e amargo, né? – e
eu te vejo sorrir desse jeitinho todo teu.
E sabe, você podia tomar um café comigo – com leite o seu,
né? – e dividir uma conversa bem maluca pra combinar comigo.
Oh, merda. Eu tô perdidinho.
Aliás, eu sou doidinha, mas sou gente boa. Juro de
dedinho.
Mas quem sabe um dia eu não me encontre, né? Talvez você
pudesse me encontrar.
E cê é um amor, mas parece estar tão, tão, mas tão longe...
Como eu faço pra te alcançar, ein?
Cê tem noção do tanto bonitinha que é? Eu tenho vontade de
te apertar cada vez que cê faz alguma coisa fofa. E das duas uma: ou cê é muito
fofa ou eu tô muito louco. Ou talvez as duas coisas. É, provavelmente as duas.
Sabe, me dá uma chance de te conhecer. Nos dá uma chance e
eu te dou um café, do jeitin que cê gosta, ri daquele jeito pra mim e me deixa
te olhar de perto, te olhar direitin, me deixa sentir em mim a energia boa que
te rodeia.
É que tem alguma coisa que me puxa demais pra esse teu
mundo, deve ser essa calmaria alegre que tens e me passa cada vez que sem
querer meu olhar esbarra no teu, de longe, de perto, essa calmaria em que me
vejo sempre que estou em meio a tempestade... E eu sempre estou em meio a
tempestade.
Sei lá, me avisa quando decidir. Mas vê se não demora,
porque de esperar eu entendo.
Me puxa pro teu cais, que de tempestade eu entendo.
Mas quero entender mesmo é de você.
Otimo texto! parabens
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