17 de dez. de 2015

Sobre os nós de laços e os nós que nos transformam em nós (eu&você)

Eu não entendo como alguém pode se fechar diante de uma pessoa que só quer te pegar no colo e te acarinhar.

Quando você vai entender que tudo o que te machuca acaba comigo? Que é de verdade, e é pra valer e não é uma simples curiosidade.

Eu sinto de longe tua agonia, mas parece que fechas teus olhos. Aí fecha o coração e junto fecha minha garganta e dói porque eu estou aqui.

Sempre estive.

Bom, sempre desde que começamos. Estive ali, do teu lado, até e principalmente quando estavas perdido demais para perceber e valorizar. Eu estava ali quando minha casa estava caindo sobre mim e eu esqueci isso e te abracei porque pouco importava minha dor. Eu estava quando estavas longe, longe e queria ir mais longe e isso me partia ao meio, mas pouco fazia diferença, tu precisavas de mim.

Eu estive aqui, meu amor, quando disse que não estaria. Eu estive e fiquei e aquilo me custou uma noite de sono e um travesseiro encharcado.

Não quero dizer com isso que não valorizas ou que não estás tanto para mim quando eu contigo, mas é que tá doendo tanto e aí desatina a doer, mas tu não estás aqui agora, estás?

Onde estás, que não aqui comigo? Eu preciso de cuidado, de colo, mas não me importaria de fazer o mesmo por ti. A gente se cuida. Quantas vezes fizemos isso antes?

Não vai escapando pelos meus dedos, não começa com formalidades, não foge e não desiste. É um dos poucos fios que ainda me prendem a nós.

Mas laço quando aperta virá nó. E não gosto de confundir as coisas, não gosto de errar de um jeito doloroso pra ninguém e muito menos com ninguém. Não gosto de perder o controle que nem ao menos obtenho ou parar de sentir do nada tudo.

Não gosto do que tenho que fazer pra voltar ao sentir. Dói. E marca. E sabes muito bem que odeio marcas.

Mas continuo aqui.

Só não sei por quanto tempo eu suporto.

A gente não desiste do que quer, desiste do que dói.

E anda doendo tanto...


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